Quarta fala de Eliú
Caps.36—37
1 Eliú seguiu falando e disse:

2 “Mais um pouco de paciência,
e eu lhe mostrarei
que tenho mais argumentos
a favor de Deus.
3 Trarei o meu conhecimento
de longe
e atribuirei a justiça
ao meu Criador.
4 Porque, na verdade,
as minhas palavras
não são falsas;
quem está diante de você
é senhor do assunto.”
Deus é grande e não despreza ninguém
5 “Eis que Deus é grande
e não despreza ninguém;
ele é grande na força
da sua compreensão.
6 Não poupa a vida do ímpio,
mas faz justiça aos aflitos.
7 Deus não tira os seus olhos
dos justos;
pelo contrário, os assenta no trono
com os reis, para sempre,
e eles são exaltados.
8 Se estão presos com correntes
e amarrados com cordas de aflição,
9 ele lhes faz ver as suas obras,
as suas transgressões,
e que se mostraram arrogantes.
10 Abre-lhes também os ouvidos
para a instrução
e ordena que se convertam
da iniquidade.
11 Se o ouvirem e o servirem,
acabarão os seus dias
em felicidade
e os seus anos em delícias.
12 Porém, se não o ouvirem,
serão passados pela espada
e morrerão na sua cegueira.”

13 “Os ímpios de coração
alimentam a ira;
e, quando são aprisionados
por Deus, não clamam
pedindo socorro.
14 Perdem a vida na sua mocidade
e morrem entre os prostitutos
cultuais.
15 Deus livra o aflito
por meio da sua aflição
e pelo sofrimento
lhe abre os ouvidos.”
Não se incline para a iniquidade
16 “Assim também a você
Deus procura tirar da angústia
e levar para um lugar espaçoso,
em que não há aperto,
e para o conforto de uma mesa
cheia de comida saborosa.
17 Mas você se enche
do juízo do perverso,
e, por isso, o juízo e a justiça
o alcançarão.
18 Tenha cuidado para que
a ira não o leve a zombar,
nem permita que a grande quantia
do resgate o desvie.
19 Será que ele levaria em conta
as suas lamúrias e todos
os seus grandes esforços,
para que você se veja livre
da sua angústia?
20 Não suspire pela noite,
em que povos serão tirados
do seu lugar.
21 Cuidado! Não se incline
para a iniquidade,
você parece preferir a iniquidade
à sua miséria.”
Deus se mostra grande em seu poder!
22 “Eis que Deus se mostra grande
em seu poder!
Quem é mestre como ele?
23 Quem lhe prescreveu
o seu caminho
ou quem pode lhe dizer:
‘Cometeste uma injustiça’?
24 Lembre-se de exaltar
as obras de Deus,
que as pessoas celebram.
25 Toda a humanidade
olha para elas;
as pessoas as contemplam de longe.
26 Eis que Deus é grande,
e não o podemos compreender;
o número dos seus anos
não se pode calcular.”
O poder e a majestade de Deus
27 “Ele atrai para si
as gotas de água
que de seu vapor
destilam em chuva,
28 a qual as nuvens derramam
e gotejam sobre a terra
em grande abundância.
29 Pode alguém entender
como ele estende as nuvens
e como os trovões
ecoam em sua tenda?
30 Eis que ele espalha sobre elas
o seu relâmpago
e encobre as profundezas do mar.
31 Pois por estas coisas
ele julga os povos
e lhes dá alimento em abundância.
32 Enche as mãos de relâmpagos
e os arremessa
contra o adversário.
33 O fragor da tempestade
dá notícias a respeito dele,
dele que é zeloso na sua ira
contra a injustiça.”
No sofrer do homem, Deus lhe visa o bem
1 Prosseguiu Eliú e disse:
2 Mais um pouco de paciência, e te mostrarei
que ainda tenho argumentos a favor de Deus.
3 De longe trarei o meu conhecimento
e ao meu Criador atribuirei a justiça.
4 Porque, na verdade, as minhas palavras não são falsas;
contigo está quem é senhor do assunto.
5 Eis que Deus é mui grande; contudo a ninguém despreza;
é grande na força da sua compreensão.
6 Não poupa a vida ao perverso,
mas faz justiça aos aflitos.
7 Dos justos não tira os olhos;
antes, com os reis, no trono
os assenta para sempre, e são exaltados.
8 Se estão presos em grilhões
e amarrados com cordas de aflição,
9 ele lhes faz ver as suas obras, as suas transgressões,
e que se houveram com soberba.
10 Abre-lhes também os ouvidos para a instrução
e manda-lhes que se convertam da iniquidade.
11 Se o ouvirem e o servirem,
acabarão seus dias em felicidade
e os seus anos em delícias.
12 Porém, se não o ouvirem,
serão traspassados pela lança
e morrerão na sua cegueira.
13 Os ímpios de coração amontoam para si a ira;
e, agrilhoados por Deus, não clamam por socorro.
14 Perdem a vida na sua mocidade
e morrem entre os prostitutos cultuais.
15 Ao aflito livra por meio da sua aflição
e pela opressão lhe abre os ouvidos.
16 Assim também procura tirar-te das fauces da angústia
para um lugar espaçoso, em que não há aperto,
e as iguarias da tua mesa seriam cheias de gordura;
17 mas tu te enches do juízo do perverso,
e, por isso, o juízo e a justiça te alcançarão.
18 Guarda-te, pois, de que a ira não te induza a escarnecer,
nem te desvie a grande quantia do resgate.
19 Estimaria ele as tuas lamúrias e todos os teus grandes esforços,
para que te vejas livre da tua angústia?
20 Não suspires pela noite,
em que povos serão tomados do seu lugar.
21 Guarda-te, não te inclines para a iniquidade;
pois isso preferes à tua miséria.
22 Eis que Deus se mostra grande em seu poder!
Quem é mestre como ele?
23 Quem lhe prescreveu o seu caminho
ou quem lhe pode dizer: Praticaste a injustiça?
Eliú exalta a majestade de Deus
24 Lembra-te de lhe magnificares as obras
que os homens celebram.
25 Todos os homens as contemplam;
de longe as admira o homem.
26 Eis que Deus é grande, e não o podemos compreender;
o número dos seus anos não se pode calcular.
27 Porque atrai para si as gotas de água
que de seu vapor destilam em chuva,
28 a qual as nuvens derramam
e gotejam sobre o homem abundantemente.
29 Acaso, pode alguém entender o estender-se das nuvens
e os trovões do seu pavilhão?
30 Eis que estende sobre elas o seu relâmpago
e encobre as profundezas do mar.
31 Pois por estas coisas julga os povos
e lhes dá mantimento em abundância.
32 Enche as mãos de relâmpagos
e os dardeja contra o adversário.
33 O fragor da tempestade dá notícias a respeito dele,
dele que é zeloso na sua ira contra a injustiça.