Senaqueribe invade Judá
(Ver 2Rs 18.13-37)
1 Ora, no décimo quarto ano do rei Ezequias, subiu Senaqueribe, rei da Assíria, contra as cidades fortificadas de Judá e as tomou. 2 O rei da Assíria enviou de Laquis a Jerusalém ao rei Ezequias Rabsaqué com um grande exército. Este parou junto ao aqueduto da piscina superior no caminho do campo do lavandeiro. 3 Então, saíram a ter com ele Eliaquim, filho de Hilquias, mordomo, Sebna, secretário, e Joá, filho de Asafe, cronista-mor.
4 Disse-lhes Rabsaqué: Dizei a Ezequias: Assim diz o grande rei, o rei da Assíria: Que confiança é essa em que te estribas? 5 Digo, o teu conselho e poder para a guerra são tão somente palavras vãs. Em quem, pois, agora, confias, visto que hás rebelado contra mim? 6 Eis que confias no Egito, no bordão desse caniço esmagado, sobre o qual, se o homem se firmar, ele se lhe meterá pela mão e a traspassará; assim é Faraó, rei do Egito, para todos os que nele confiam. 7 Mas, se me disseres: Confiamos em Jeová, nosso Deus, não é este aquele cujos altos e altares Ezequias tirou, dizendo a Judá e a Jerusalém: Diante deste altar adorareis? 8 Agora, pois, dá penhores ao rei da Assíria, meu amo, e dar-te-ei dois mil cavalos, se da tua parte puderes achar homens para montar neles. 9 Como, então, poderás pôr em fuga um só capitão dos menores dos servos do meu amo e confiar no Egito para obteres cavalos e carros? 10 Porventura, subi eu, agora, sem Jeová contra esta terra para a destruir? Disse-me Jeová: Sobe contra esta terra e destrói-a.
11 Então, disseram Eliaquim, Sebna e Joá a Rabsaqué: Rogamos-te que fales aos teus servos na língua aramaica, pois nós a entendemos; e não nos fales na língua dos judeus aos ouvidos do povo que está em cima do muro. 12 Mas Rabsaqué respondeu-lhes: Enviou-me, porventura, o meu amo ao teu amo e a ti para falar essas palavras? Não me enviou aos homens que estão sentados em cima do muro, para que, juntamente convosco, comam o seu excremento e bebam a sua urina?
13 Então, Rabsaqué se pôs em pé e, gritando em alta voz na língua dos judeus, disse: Ouvi as palavras do grande rei, do rei da Assíria. 14 Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias, porque não vos poderá livrar. 15 Nem tampouco vos faça Ezequias confiar em Jeová, dizendo: Jeová, na verdade, nos livrará; esta cidade não será entregue nas mãos do rei da Assíria. 16 Não deis ouvidos a Ezequias. Pois assim diz o rei da Assíria: Fazei as vossas pazes comigo e saí para mim; coma cada um de vós da sua vinha e da sua figueira e beba cada um as águas da sua cisterna; 17 até que eu venha e vos transfira para uma terra que é semelhante a vossa terra, terra de trigo e de mosto, terra de pão e de vinho. 18 Guardai-vos não vos iluda Ezequias, dizendo: Jeová nos livrará. Acaso, os deuses das nações livraram cada um a sua terra das mãos do rei da Assíria? 19 Onde estão os deuses de Hamate e Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim? Livraram eles de minha mão a Samaria? 20 Entre todos os deuses das terras, quais são os que livraram da minha mão a sua terra, para que Jeová possa livrar da minha mão a Jerusalém?
21 Eles, porém, se calaram e não lhe responderam palavra. Pois o rei ordenou, dizendo: Não lhe respondais. 22 Então, Eliaquim, filho de Hilquias, mordomo, e Sebna, secretário, e Joá, filho de Asafe, cronista-mor, vieram ter com Ezequias, rasgados os vestidos, e lhe referiram as palavras de Rabsaqué.
Senaqueribe invade Judá
2Rs 18.13-372Cr 32.1-19
1 No décimo quarto ano do reinado de Ezequias, Senaqueribe, rei da Assíria, atacou todas as cidades fortificadas de Judá e as conquistou. 2 O rei da Assíria, que estava em Laquis, enviou Rabsaqué, com um grande exército, a Jerusalém, ao rei Ezequias. Ele parou na extremidade do aqueduto do tanque superior, junto ao caminho do campo do Lavandeiro. 3 Quem saiu ao encontro dele foram Eliaquim, filho de Hilquias, o responsável pelo palácio, Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista.
Rabsaqué afronta Ezequias e o Senhor
2Rs 18.19-372Cr 32.9-20
4 Rabsaqué disse:
— Digam a Ezequias: “Assim diz o grande rei, o rei da Assíria: Que confiança é essa que você tem? 5 Bem posso dizer que o seu conselho e o seu poder para a guerra são meras palavras. Em quem você está confiando, para que se rebele contra mim? 6 Você confia nesse bordão de caniço esmagado que é o Egito. Se alguém se apoiar no caniço, ele vai espetar e furar a mão. Assim é Faraó, rei do Egito, para todos os que nele confiam. 7 Mas, se você me diz: ‘Confiamos no Senhor, nosso Deus’, eu pergunto: não é esse aquele cujos lugares altos e altares Ezequias removeu, dizendo a Judá e a Jerusalém que deveriam adorar somente diante do altar em Jerusalém?”
8 — Agora, pois, comprometa-se com meu senhor, o rei da Assíria, e eu lhe darei dois mil cavalos, se você puder achar cavaleiros para montá-los. 9 Como você poderia repelir um oficial do meu senhor, o rei, mesmo que seja um dos menores, e confiar no Egito para obter carros de guerra e cavaleiros? 10 E será que você pensa que é sem o consentimento do Senhor Deus que eu vim contra esta terra, para a destruir? Foi o próprio Senhor quem ordenou que eu atacasse esta terra e a destruísse.
11 Então Eliaquim, Sebna e Joá disseram a Rabsaqué:
— Por favor, fale com estes seus servos em aramaico, porque nós o entendemos. Não fale em hebraico, aos ouvidos do povo que está sobre a muralha.
12 Mas Rabsaqué lhes respondeu:
— Você pensa que o meu senhor me enviou para dizer estas palavras apenas a você e ao seu rei? Ele me enviou para falar também aos homens que estão sentados sobre a muralha e que, junto com vocês, terão de comer o seu próprio excremento e beber a sua própria urina!
13 Então Rabsaqué se pôs em pé e gritou em hebraico:
— Escutem as palavras do grande rei, o rei da Assíria. 14 Assim diz o rei: “Não deixem que Ezequias os engane, pois ele não poderá livrá-los. 15 Não deixem que Ezequias os leve a confiar no Senhor, dizendo: ‘O Senhor certamente nos livrará, e esta cidade não será entregue nas mãos do rei da Assíria.’ 16 Não deem ouvidos a Ezequias. Porque assim diz o rei da Assíria: Façam as pazes comigo e se entreguem. Então cada um comerá da sua própria videira e da sua própria figueira, e beberá a água da sua própria cisterna, 17 até que eu venha e os leve para uma terra como a de vocês, terra de cereal e de vinho, terra de pão e de vinhas. 18 Não deixem que Ezequias os engane, dizendo: ‘O Senhor nos livrará.’ Será que os deuses das nações puderam livrar, cada um a sua terra, das mãos do rei da Assíria? 19 Onde estão os deuses de Hamate e de Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim? Será que eles livraram Samaria das minhas mãos? 20 De todos os deuses destes países, quais foram os que livraram a sua terra das minhas mãos? Então como o Senhor poderá livrar Jerusalém das minhas mãos?”
21 Eles, porém, ficaram calados e não lhe responderam palavra, porque assim lhes havia ordenado o rei: “Não lhe respondam.” 22 Então Eliaquim, filho de Hilquias, o responsável pelo palácio, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista, voltaram para junto do rei Ezequias, com as suas roupas rasgadas, e lhe contaram o que Rabsaqué tinha dito.