Jó critica Bildade
26.1-4
1 Então Jó em resposta disse:

2 “Bildade, eu estou fraco, sem forças;
como você me ajuda e me consola!…
3 Como você é bom para dar conselhos
e gastar a sua sabedoria com um ignorante como eu!
4 Quem foi que o ajudou a dizer essas palavras?
Quem o inspirou a falar assim?”
Continuação da terceira fala de Bildade
26.5-14
A grandeza do poder de Deus
5 “Os mortos tremem de medo
nas águas debaixo da terra.
6 Para Deus o mundo dos mortos é aberto;
não há cobertura que o impeça de ver o que lá acontece.
7 Deus estendeu o céu sobre o vazio
e suspendeu a terra por cima do nada.
8 Ele prende a água nas nuvens,
e elas não se rasgam com o seu peso.
9 Ele cobre a cara da lua cheia,
estendendo sobre ela uma nuvem.
10 Deus separou a luz da escuridão
por meio de um círculo desenhado no mar.
11 Quando ele ameaça as colunas que sustentam o céu,
elas se assustam e tremem de medo.
12 Com o seu poder, Deus dominou o Mar ;
com a sua inteligência, derrotou o monstro Raabe .
13 Com o seu sopro, Deus limpou o céu
e, com a sua mão, matou a Serpente fugitiva .
14 Mas essas coisas são apenas uma amostra,
um eco bem fraco do que Deus é capaz de fazer.
Quem pode compreender a verdadeira grandeza do seu poder?”
Jó afirma a soberania de Deus
1 Jó, porém, respondeu:
2 Como sabes ajudar ao que não tem força
e prestar socorro ao braço que não tem vigor!
3 Como sabes aconselhar ao que não tem sabedoria
e revelar plenitude de verdadeiro conhecimento!
4 Com a ajuda de quem proferes tais palavras?
E de quem é o espírito que fala em ti?
5 A alma dos mortos treme
debaixo das águas com seus habitantes.
6 O além está desnudo perante ele,
e não há coberta para o abismo.
7 Ele estende o norte sobre o vazio
e faz pairar a terra sobre o nada.
8 Prende as águas em densas nuvens,
e as nuvens não se rasgam debaixo delas.
9 Encobre a face do seu trono
e sobre ele estende a sua nuvem.
10 Traçou um círculo à superfície das águas,
até aos confins da luz e das trevas.
11 As colunas do céu tremem
e se espantam da sua ameaça.
12 Com a sua força fende o mar
e com o seu entendimento abate o adversário.
13 Pelo seu sopro aclara os céus,
a sua mão fere o dragão veloz.
14 Eis que isto são apenas as orlas dos seus caminhos!
Que leve sussurro temos ouvido dele!
Mas o trovão do seu poder, quem o entenderá?