Deus castigará a Síria e Israel
1 Esta é a mensagem contra a Síria:

“Damasco não será mais uma cidade;
ela vai virar um montão de ruínas.
2 As cidades da Síria ficarão abandonadas para sempre;
os rebanhos irão até lá para descansar,
e ninguém os espantará dali.
3 As fortalezas de Israel serão destruídas,
e a Síria deixará de ser um reino.
Os sírios que não forem mortos
serão como o povo de Israel:
eles viverão na miséria.
Sou eu, o Senhor Todo-Poderoso, quem está falando.

4 “Está chegando o dia em que Israel perderá todo o seu poder,
e todas as suas riquezas acabarão.
5 Naquele dia, o país ficará parecido com um campo
depois que todo o trigo foi colhido
ou como o vale dos Gigantes
depois de colhidas todas as espigas.
6 Mas umas poucas pessoas ficarão vivas,
e Israel será como uma oliveira depois da colheita.
Depois que a oliveira é sacudida,
ainda fica com duas ou três azeitonas
nos galhos mais altos
ou umas quatro ou cinco nos galhos de baixo.
Eu, o Senhor, o Deus de Israel, estou falando.”

7 Naquele dia, as pessoas olharão para o seu Criador a fim de pedir ajuda; todos se voltarão para o Santo Deus de Israel. 8 Não confiarão mais nos altares que eles construíram, nem nas imagens que eles mesmos fizeram, nem nos postes da deusa Aserá, nem nos altares de queimar incenso.
9 Naquele dia, as cidades protegidas por muralhas ficarão desertas como as cidades que os heveus e os amorreus abandonaram quando os israelitas invadiram a sua terra; tudo será arrasado.

10 Povo de Israel, vocês esqueceram o seu Deus,
que os salvou,
e não lembram mais do seu forte protetor.
Vocês plantam jardins sagrados
em honra dos deuses pagãos.
11 Mas ainda que as plantas desses jardins brotem e floresçam
no mesmo dia em que forem plantadas,
ainda assim não haverá colheitas nos campos
quando chegar o dia de sofrimento e de dor sem cura.
A derrota dos inimigos
12 Escutem o barulho de muitas nações
que se agitam e se revoltam;
parece o rugido do mar,
parece o estrondo de ondas violentas.
13 Os povos rugem como o mar,
mas Deus os repreenderá, e eles fugirão.
Serão como a palha que o vento leva pelos montes
ou como o pó que a ventania espalha.
14 Ao pôr do sol, metem medo,
mas de manhã já não existem mais.
É isso o que vai acontecer com os nossos inimigos,
que arrasam a nossa terra
e levam embora todos os nossos bens.
Oráculo concernente a Damasco e Efraim
1 A sentença acerca de Damasco.
Eis que Damasco está removida para não mais ser cidade e se tornará um montão de ruínas. 2 Abandonadas são as cidades de Aroer; hão de ser para os rebanhos, que aí se deitarão, e não haverá quem os espante. 3 Também de Efraim a fortaleza cessará, e de Damasco, o reino; e os restantes da Síria serão como a glória dos filhos de Israel, diz Jeová dos Exércitos.
4 Naquele dia, será atenuada a glória de Jacó, e a gordura da sua carne emagrecerá. 5 Será como quando o ceifador ajunta a cana do trigo e o seu braço colhe as espigas; sim, como quando alguém colhe espigas no vale de Refaim. 6 Todavia, ficarão nele uns rabiscos, como no varejar de uma oliveira; duas ou três azeitonas na ponta do ramo mais alto, quatro ou cinco nos ramos da árvore frutífera, diz Jeová, Deus de Israel. 7 Naquele dia, olhará o homem para o seu Criador, e os seus olhos atentarão para o Santo de Israel. 8 Não olhará para os altares, obra das suas mãos, nem atentará para o que os seus dedos fizeram, para os Aserins e para as imagens do sol. 9 Naquele dia, as suas cidades fortificadas serão como os lugares abandonados nos bosques e no cume dos montes, abandonados à vista dos filhos de Israel; haverá uma desolação. 10 Porque te esqueceste do Deus da tua salvação e não te lembraste da Rocha da tua fortaleza; por isso, fazes plantações deleitosas e pões nela sarmentos de uma vide estranha. 11 No dia em que a plantares, fazes uma sebe ao redor e, pela manhã, fazes que a tua semente floresça; desvanece, porém, a ceifa no dia da enfermidade e das dores mortais.
Prediz-se a ruína do exército dos assírios
12 Ai do bramido de muitos povos, que bramem como o bramido dos mares, e do rugido das nações que rugem como o rugido de grandes águas! 13 As nações rugirão como o rugido de grandes águas. Mas Deus as repreenderá, de maneira que fugirão para longe e serão afugentadas como a palha dos montes diante do vento e como o que é levado num redemoinho diante da tempestade. 14 No tempo da tarde, eis o terror; e, antes de amanhecer o dia, já não existe. Este é o quinhão daqueles que nos despojam e a sorte dos que nos saqueiam.