A queda de Nínive
1 O destruidor vai atacar a cidade de Nínive.
Ponham guardas nas torres
e vigiem as estradas.
Chamem todos os soldados
e preparem-se para lutar.

2 O Senhor Deus vai fazer voltar a glória do povo de Israel; mais uma vez a nação será o que era antes que os inimigos levassem tudo embora e deixassem o país como uma árvore sem galhos.

3 Os soldados inimigos carregam escudos vermelhos,
e os seus uniformes são vermelhos também.
Eles se preparam para atacar Nínive.
Os seus carros de guerra brilham como fogo,
e os cavalos estão impacientes.
4 Os carros de guerra correm rápidos pelas ruas
e cruzam as praças em todas as direções.
Parecem tochas acesas,
correm como relâmpagos.

5 O comandante inimigo dá ordem aos seus oficiais;
eles correm até a muralha da cidade
e, na sua corrida, empurram uns aos outros.
Eles armam barreiras para se protegerem .
6 Abrem-se as comportas do rio,
e no palácio reina o terror.

7 A imagem da deusa é levada embora,
e as suas sacerdotisas a acompanham chorando;
elas gemem como pombas
e batem no peito em sinal de tristeza.
8 O povo de Nínive foge
como água que escapa de uma represa.
“Parem! Parem!” — alguém grita,
mas ninguém para de fugir.
9 Peguem a prata! Levem o ouro!
A cidade está cheia de riquezas,
há milhares de objetos de valor.

10 Nínive: destruída, deserta, despovoada!
Corações cheios de medo,
joelhos tremendo,
rostos pálidos;
todos perdem as forças.
11 O que aconteceu com a cidade
que era como uma cova de leões?
Ali os leõezinhos recebiam comida;
os leões e os seus filhotes viviam seguros,
e ninguém os espantava.
12 O leão matava algum animal
e o repartia com a leoa e os filhotes;
a cova ficava cheia de animais mortos.

13 O Senhor Todo-Poderoso diz o seguinte ao povo de Nínive:
— Eu estou contra vocês. Vou queimar os seus carros de guerra, e os seus soldados morrerão na batalha. Levarei embora tudo o que vocês roubaram dos outros, e nunca mais os seus embaixadores irão para outros países.
O cerco e tomada de Nínive
1 Aquele que destroça subiu diante de ti. Guarda a fortaleza, vigia o caminho, robustece os lombos, fortifica bem a tua força. 2 Pois Jeová restaura a excelência de Jacó, bem como a excelência de Israel; porque saqueadores os têm saqueado e lhes têm destruído os sarmentos. 3 Os escudos dos seus heróis tingem-se de vermelho, os seus valentes estão vestidos de escarlate; os carros resplandecem de aço no dia do seu apercebimento, e as lanças são brandidas. 4 Os carros andam furiosamente nas ruas, cruzam as praças em todas as direções; parecem como tochas, correm como os relâmpagos. 5 Ele se lembra dos seus nobres. Tropeçam no seu caminho; apressam-se para chegar ao muro dela, e a manta está armada. 6 As portas dos rios abrem-se, e o palácio está dissolvido. 7 Está decretado: está ela despida, levada cativa; as suas servas gemem como pombas, batendo nos seus peitos.
8 Nínive, desde tempos antigos, tem sido como um tanque de água; contudo, fogem. Parai, parai, clamam eles; mas ninguém olha para trás. 9 Saqueai a prata, saqueai o ouro; pois não há fim do tesouro, da glória de todos os móveis preciosos. 10 Ela está vácua, vazia e despojada; o coração se derrete, e os joelhos tremem, e em todos os lombos há angústia, e os rostos de todos eles empalidecem. 11 Onde está o covil dos leões, e a habitação dos leões novos, onde andavam o leão, e a leoa, e o cachorro do leão, sem haver ninguém que os espantasse? 12 O leão despedaçou o que bastava para os seus cachorros, e afogou para as suas leoas, e encheu de presa as suas covas, e de rapina, os seus covis. 13 Eis que eu sou contra ti, diz Jeová dos Exércitos e queimarei no fumo os teus carros, e a espada devorará os teus leões novos; exterminarei da terra a tua presa, e a voz dos teus mensageiros não se ouvirá mais.